sexta-feira, 10 de junho de 2011

O professor e o senso crítico

O educador tem um papel ativo na formação da consciência crítica, certo? Já comentei rapidamente sobre isso no outro blog.


O processo crítico começa na consciência do aprendizado. Por isso, algumas perguntas devem passar pela cabeça dos atuais e futuros mestres. Por exemplo, como o aluno tem espaço ativo no processo de aprendizagem? Como avaliar criticamente o processo? Como interagir numa época em que todos podem agir, graças à internet e redes sociais?



É por isso que o geógrafo e professor Fábio Guadagnin do Colégio La Salle Dores, Porto Alegre, costuma cobrar uma postura crítica dos alunos em três aspectos: mídia, consumo e participação política. "O ideal é começar cedo, não é necessário chegar ao Ensino Médio para ser crítico. O professor pode estimular bem antes", considera.



Perguntei para ele se percebe a mudança de comportamento e da forma de encarar a realidade (é importante ressaltar o ambiente, uma escola particular) e Guadagnin acha que o segundo ano é o de "passagem". Nesse estágio, os alunos começam a participar do processo político (através do direito de votar) e fazer escolhas em relação ao consumo. A adolescência, a moda e a música andam lado a lado e, como professor, ele procura mostrar que os alunos podem consumir de outra forma.
A questão é, dar alternativas, não impor. Imposição definitivamente não funciona com adolescentes(!).


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E o quanto da crença do professor é levada para a sala de aula? Já questionei alguns a respeito e a resposta foi unânime: todos os valores vão para a sala de aula. E a retórica é utilizada o tempo inteiro para convencer. 


Conversei com o professor, que é formado pela UFRGS, para uma aula do curso de Ciências Sociais. Imagens do Drigo Tavares.

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