quarta-feira, 6 de julho de 2011

Habilidade x competência

Habilidade é sinônimo de competência e vice-versa?
No campo semântico sim, mas não necessariamente no âmbito corporativo.

E apesar de já ter a noção da diferença entre os conceitos, antes de entrevistar a psicóloga Leila Dillmann, evidentemente recorri ao Google. E encontrei várias definições, mas nada muito objetivo conforme eu gostaria. E quando comecei a conversar com Leila, ela já me deixou claro que:
_ Estudamos um semestre inteiro somente a concepção de competência e agora você quer cinco minutos de entrevista!
Concordei com um sorriso e disse: _ E que ainda vão ser editados.

Resumindo os cinco minutos, habilidades são as capacidades desenvolvidas a partir de uma teoria e uma prática para realizar determinadas tarefas. Já a competência permite a mobilização de conhecimentos para enfrentar uma determinada situação.


Psicóloga e prof. universitária Leila Dillmann./ Imagens Jeferson Nunes

Ou seja, habilidade é saber como realizar alguma tarefa com eficiência enquanto a competência é o passo além, o que inclui saber lidar com o inesperado e propor soluções. Deve ser por esta razão que quem é competente está sempre estudando, se especializando e atento ao que pode aprender dentro da organização e com os colegas de trabalho, não é?

Mas será que ao contratar, é fácil diferenciar os profissionais hábeis dos competentes? De acordo com Dillmann, não. Porque no momento da contratação, o gestor ou o profissional do RH vai encontrar as habilidades e dentro da organização é que vão ser trabalhadas as competências às quais a organização está dirigindo suas estratégias.

Detalhe importante, pós entrevista: a competência só é competência se for legitimada. E dois diferentes perfis de professores podem servir de exemplo. Há aquele que ensina determinados conteúdos aos alunos e outro que vai além ao estimular o aluno a ser um pesquisador também. E como este último é legitimado? Pelo famoso falar bem do fulano.

Um outro exemplo bem legal e conhecido no mercado: a Natura, que tem a habilidade de produzir bons cosméticos, mas também desenvolveu a competência de trabalhar a questão meio ambiente. A sustentabilidade, na concepção da empresa, vai desde a produção sustentável dentro da organização, escolha dos fornecedores e reutilização de embalagens.

É verdade que nada disso é novidade, mas diversas empresas ainda não aprenderam a desenvolver esta capacidade que, em breve, deve fazer a diferença no momento da escolha de consumo. E na seleção dos profissionais, a tendência deve ser a mesma.

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