quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O que não pode faltar?

Planejamento, estratégia organizacional, diagnóstico, consultoria... palavras bem familiares para o pessoal da administração, mas nem tanto para outras área. Porém, é bem importante ter algumas noções sobre o mundo dos negócios, mesmo que o objetivo seja apenas entender a língua que seu chefe está falando.

Ao começar a fazer entrevistas para o curso de administração, evidentemente, comecei a aprender um pouquinho, assim como percebi a importância de uma consultoria. É claro que nem todas as organizações de sucesso contratam tais serviços, de qualquer forma, fazem uma avaliação periódica sobre os pontos fracos, fortes, as oportunidades de mercado e o estudo dos concorrentes.

Quando uma consultoria é contratada, geralmente, já se verificou algum problema na corporação. Por isso, antes de qualquer ajuste na empresa, é feito um diagnóstico que, em outras palavras, significa conhecer a empresa e manter uma revisão constante das ações e processos. Por exemplo, o diagnóstico leva em consideração o setor de vendas, o RH, finanças, tecnologia, produção... É a partir dessa visão do todo que são identificados os pontos que precisam ser revisados para melhorar a gestão estratégica e operacional.
Neste trecho da entrevista, o consultor fala do checklist do diagnóstico.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pesquisa de opinião traz satisfação

Pesquisa de opinião e de satisfação não se faz apenas em período eleitoral nem somente para medir a aprovação do governo Dilma, né!
Nas organizações, por sinal, é um instrumento bem manjado. Ou seja, sempre se fez e já foram até mesmo desacreditadas. Para ter uma ideia, basta lembrar da avaliação dos professores na escola estadual ou na faculdade: em coro, os alunos dizem "ai que saco, isso não resolve nada mesmo".

Conversa com o coaching Cláudio D'Amico
Mas com a especialização das empresas, a concorrência em um mercado acirrado, a exigência e necessidade por profissionais qualificados (que vistam a camisa da empresa), leva à urgência por pesquisas de clima. Afinal, todo um planejamento estratégico, um plano de marketing bem estruturado, assim como a venda de serviços ou produtos em alta, dependem não só de dirigentes, mas de cada colaborador.

O que será que passa pela cabeça de cada trabalhador? 
E para quem falar sobre meus problemas no trabalho? 
Se eu reclamar, serei demitido? 

Esse tipo de dúvida é mais que normal e certamente atrapalha na produção de uma empresa ou setor específico. Claudio D'Amico, consultor da Missel Consultoria Empresarial, chama a atenção para o que pode ser feito hoje em termos de sondagem da satisfação e para a exigência os Programas de Qualidade fazem por avaliação de clima organizacional. "Há duas formas de fazer pesquisa. Uma delas é a tradicional, em que o pesquisador entrega um formulário e o reebe depois com as respostas dos funcionários. A outra, que sem dúvida gera resultados bem mais próximos da realidade, é a conversa individual", ressalta.

Mas a troco de quê, um funcionário expõe seus dramas para um desconhecido? Simples, justamente porque a consultoria tem um olhar que vem de fora da organização, o trabalhador se sente à vontade para falar sobre o que pode ser melhorado. E o mais legal, é que muitas organizações já se deram conta de que a voz do funcionário é tão importante quanto à do presidente.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O que vem antes do contrato?

Falei sobre contrato no post anterior. Mas, anterior à assinatura, temos o período pré-contratual, que pode se configurar em uma obrigação entre as partes.

Antes mesmo de um contrato assinado, há laços convencionais que não podem simplesmente ser ignorados. Passa a existir uma relação de compromisso quando alguém oferece um bem para venda, por exemplo. Digamos que ao fazer uma proposta para vender um carro, concedo 24 horas para um possível comprador e dentro deste período, recebo uma resposta positiva. A partir deste momento existe a obrigação de formalizar um contrato. Então, não posso simplesmente deixar de vender, assim como o futuro comprador não pode desistir sem qualquer consequência.



Entrevista para aula de negócios imobiliários/ Imagens Cristiano Garcia
De acordo com a advogada Giulia Jaeger, “depois que foi aceita uma proposta, não se pode simplesmente desfazer-se esta relação porque pode me gerar danos na esfera jurídica. Posso incorrer em perdas e danos. Além disso, dependendo do tipo de negócio, pode ocorrer lucros cessantes (que é aquilo que o sujeito deixa de ganhar ao interromper a promessa de compra e venda), dentre outras consequências após a aceitação da proposta", esclarece.


Ou seja, 24 horas é o tempo suficiente para dar uma resposta? É realmente fundamental comprar um carro (ou qualquer outra coisa)? Tenho o capital necessário ou certeza de financiamento? 
É bom ter certeza destes ítens antes de responder o encantado sim.

Contratos: postura de defesa!


O que é a postura de garantia de direitos?
É uma postura DEFENSIVA. Fundamental em qualquer tipo de contrato, mas ainda mais evidente quando relacionamos à compra de bens imóveis. A primeira ação de defesa ao entrar em campo é verificar se o imóvel tem algum tipo de restrição como uma penhora ou se os proprietários possuem algum tipo de ação judicial em andamento.
“Porque falo em proprietários? Porque, regra geral, se estou comprando um bem de um sujeito casado em regime de comunhão parcial de bens ou comunhão universal, o conjuge tem que fazer parte dessa relação contratual, é necessário ter o olhar de ambas partes”, argumenta a advogada de direitos fundamentais Giulia Jaeger.
Outra postura de garantia é cuidar os prazos de entrega. Se compro um imóvel na planta, qual é o prazo de entrega? O que vai me gerar se não me entregarem no prazo?
Um outro ponto a observar é quanto aos vícios redibitórios (defeitos ocultos, não são notados ao adquirir um produto). No contrato, deve haver garantias contra problemas futuros. Quais são as possibilidades? Vou ter abatimento no preço?
"Ainda na dúvida? Não assine", aconselha Jaeger. É melhor procurar um advogado, a defensoria pública ou o Procon.
Ah, e não aceite contrato com fonte minúscula. O Direito do Consumidor prevê que todo e qualquer tipo de contrato tem que ser redigido em fonte 12. Lei é feita para ser cumprida e depende de nós fazê-la valer.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Contratos

O que é um contrato parece ser consenso e pode ser resumido como a vontade firmada por duas ou mais partes. Ok! Também estamos cansados de saber que é necessário ler com atenção todas as cláusulas, assim como é fundamental ter cuidado com as letrinhas minúsculas de um contrato.

Por outro lado, sempre existem os momentos em que pelo menos uma vez na vida, damos pouca importância para as frases escritas em fonte 6 ou firmamos contratos somente na palavra.  E é por isso que fui conversar com o advogado João Bragatto, especializado em direito imobiliário.

Partimos de uma historinha exemplar de uma aula de negócios imobiliários: um pintor sem trabalho aceita pintar a casa do médico em uma fictícia cidade interiorana chamada Macondo por um valor que o próprio cliente sugere. A metade do $ como adiantamento faz os olhos do profissional brilharem. Mas ao chegar à propriedade, percebe que o serviço levará muito mais tempo do que o previsto e não pode reclamar do acordo. E essa é a lição para os próximos trabalhos: sem um contrato assinado, considerando o que realmente será executado do início ao fim, nada feito.

Por isso, editei um trecho da entrevista com o advogado, no qual ele fala de contrato justo e um outro aspecto muito importante, principalmente quando se trata de imóveis. Enjoy it!


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Contador empreendedor

O que a contabilidade tem em comum com o empreendedorismo?
Muito, acredite! Entrevistei o contador Oberti Parizzotto, fundador da ASCON e ele me confirmou isso. A empresa já tem 14 anos, conta com 11 funcionários, inclusos ele e a esposa que é advogada da organização. Quis saber porque ele se considera um empreendedor. Respondeu com números e ações: mais de 100 clientes fixos e a aposta no conceito de consultoria, pois visita periodicamente cada cliente.
Parizzoto começou a carreira profissional em uma empresa do setor de consultoria e foi lá que percebeu o potencial para buscar o próprio negócio. Hoje vê a empresa em expansão e só não tem uma sede ainda maior devido à dificuldade de encontrar um imóvel adequado. Mas me prometeu que, em breve, estará em uma sala maior com lugar até para um espaço reservado às reuniões.

No escritório de Parizzoto no centro de Canoas/RS - Imagens: Jefferson Nunes
"O empreendedor é aquele que tem o negócio, mas não sem antes realizar pesquisa de mercado. Planeja a médio e longo prazo. E também sabe levantar os custos e sabe que não vai lucrar no início", afirma o contador-empreendedor. E realmente, sem planejamento, há aqueles que produzem ou prestam serviços sem a noção real do custo. E esse é caminho para o fracasso.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Habilidade x competência

Habilidade é sinônimo de competência e vice-versa?
No campo semântico sim, mas não necessariamente no âmbito corporativo.

E apesar de já ter a noção da diferença entre os conceitos, antes de entrevistar a psicóloga Leila Dillmann, evidentemente recorri ao Google. E encontrei várias definições, mas nada muito objetivo conforme eu gostaria. E quando comecei a conversar com Leila, ela já me deixou claro que:
_ Estudamos um semestre inteiro somente a concepção de competência e agora você quer cinco minutos de entrevista!
Concordei com um sorriso e disse: _ E que ainda vão ser editados.

Resumindo os cinco minutos, habilidades são as capacidades desenvolvidas a partir de uma teoria e uma prática para realizar determinadas tarefas. Já a competência permite a mobilização de conhecimentos para enfrentar uma determinada situação.


Psicóloga e prof. universitária Leila Dillmann./ Imagens Jeferson Nunes

Ou seja, habilidade é saber como realizar alguma tarefa com eficiência enquanto a competência é o passo além, o que inclui saber lidar com o inesperado e propor soluções. Deve ser por esta razão que quem é competente está sempre estudando, se especializando e atento ao que pode aprender dentro da organização e com os colegas de trabalho, não é?

Mas será que ao contratar, é fácil diferenciar os profissionais hábeis dos competentes? De acordo com Dillmann, não. Porque no momento da contratação, o gestor ou o profissional do RH vai encontrar as habilidades e dentro da organização é que vão ser trabalhadas as competências às quais a organização está dirigindo suas estratégias.

Detalhe importante, pós entrevista: a competência só é competência se for legitimada. E dois diferentes perfis de professores podem servir de exemplo. Há aquele que ensina determinados conteúdos aos alunos e outro que vai além ao estimular o aluno a ser um pesquisador também. E como este último é legitimado? Pelo famoso falar bem do fulano.

Um outro exemplo bem legal e conhecido no mercado: a Natura, que tem a habilidade de produzir bons cosméticos, mas também desenvolveu a competência de trabalhar a questão meio ambiente. A sustentabilidade, na concepção da empresa, vai desde a produção sustentável dentro da organização, escolha dos fornecedores e reutilização de embalagens.

É verdade que nada disso é novidade, mas diversas empresas ainda não aprenderam a desenvolver esta capacidade que, em breve, deve fazer a diferença no momento da escolha de consumo. E na seleção dos profissionais, a tendência deve ser a mesma.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Comunicação e direcionamento

A entrevista com o coaching e jornalista Fernando Antunes me fez pensar sobre algo que acontece com frequência comigo, com você, com seus amigos: saber direcionar energia e potencial para um alvo certo.
É realmente fácil falar, complicado mesmo é colocar em prática, não é?
No entanto, se é normal sentir-se perdido entre tantos caminhos (incertos), uma primeira medida é eliminar o que não nos serve.

E assim é no trabalho de comunicação. Quantos profissionais acreditam que tiveram a melhor ideia do ano, fizeram a matéria mais completa ou escreveram o tuíte mais pop que, no entanto, têm a recepção bem menor do que potencialmente poderia? É por isso que Antunes lembra de uma premissa básica em qualquer área, muitas vezes ignorada. "Quem está desenvolvendo um projeto de comunicação não pode esquecer de ouvir o que as pessoas envolvidas têm a dizer", considera. Ou seja, é erro comum a "prepotência" de imaginar-se detentor de um conhecimento e ignorar o que os outros colaboradores podem dizer a respeito.

Entrevista com Fernando Antunes/Imagens Drigo Tavares

Por outro lado, o ato de comunicar nem sempre é praticado "dentro de casa". Pode parecer piada, mas é extremamente comum a falha de comunicação em empresas de comunicação!

E quando se pensa em colocar em prática um projeto social, por exemplo, é através do diálogo que se descobre se é ou não relevante levar uma proposta adiante.
Isso porque muitas vezes esquecemos de pensar no público externo e temos como parâmetro nossas escolhas e opiniões. É verdade que é bastante difícil sair da esfera pessoal para a pública. Mas é fundamental. "Por isso sempre digo para meus alunos: se você tem um projeto social que não interessa ao seu público-alvo, você está gastando tempo, energia e potencial à toa", completa Fernando, que também é professor universitário. A lição vale para a vida também, né?


E o projeto social, o que é?

Um projeto social surge a partir de uma necessidade específica. Com ela, pode surgir uma ideia que só pode ser colocada em prática se as pessoas envolvidas tiverem interesse na ação. Isso porque de nada adianta implantar um projeto de educação sexual em uma comunidade que não está interessada, certo? Então, a comunicação entra em campo antes da ação a fim de mostrar o porquê do projeto e para engajar os participantes.


Resumindo...
Necessidade + ideia + comunicação + pessoas + ação e solução + feedback

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O primeiro a gente não esquece

Comecei a gostar de Administração trabalhando na Ulbra TV. Conversei com muita gente da área para realizar as entrevistas para as disciplinas e aprendi um pouquinho de MKT, reengenharia, planejamento... E para quem não é da área, acredite: é legal. Porque o conhecimento é legal, sempre.

E não é minha estreia na apresentação de videoaula, mas curti muito esta experiência específica. Mas não foi fácil: a meta era gravar dez aulas em uma manhã, mas minha voz simplesmente resolveu sjumir no dia. Fiquei bem frustrada! Na segunda tentativa, tivemos problemas com o estúdio, mas finalmente ocorreu tudo bem. Por isso, compartilho aqui meu primeiro vídeo que "subi" para o canal do YouTube com a apresentação de uma das aulas. Segue um pequeno trecho.



segunda-feira, 27 de junho de 2011

O colorado do tabelionato

Advogados e tabeliães às vezes são bastante sisudos. Encaram a importância do cargo na personalidade. Bom, mas não se aplica ao Lamana Paiva, conhecido professor de direito e conselheiro do Sport Club Internacional.


Foto: Tiago Rosa

Fui entrevistar João Pedro Lamana Paiva para falar sobre registro e transferência de imóveis. Assunto chato, admito. Mas a receptividade do advogado tornou a entrevista agradável. Ele falou da importância de registrar tudo em cartório, já que contrato de gaveta não vale nada.

Além disso, é importante lembrar que em caso de dúvida, o tabelião tem o dever de esclarecê-las sem custos adicionais. E faz questão de repetir que "quem tem o registro não é dono. Às vezes, o cidadão tem o título, mas não tem o registro e deixa assim porque mora no local. Mas, ao contrário, o dono continua sendo aquele que transmitiu o bem e quem se acha dono pode ter inúmeros problemas", ressalta o advogado.

Por isso, cuidados básicos antes de comprar um imóvel são: verificar no Foro da cidade se o atual proprietário é o legítimo dono e se o imóvel tem matrícula e está disponível para negociação. Assim, para fechar negócio, é necessário pedir no Registro de Imóveis a negativa de ônus e de ações reais ou pessoais reipersecutórias", acrescenta.
O primeiro tipo de certidão informa que não há restrições sobre a plena propriedade do imóvel. Enquanto a segunda informa que não existem ações reivindicando o patrimônio devido ações de usucapião ou demarcatórias, por exemplo.


Ok, friso também que o Lamana Paiva tem uma personalidade "jurídica" forte, queria me sugerir algumas perguntas, então, eu refazia do meu jeito e ele concordou que era bem mais simples e compreensível!


***


O colorado do tabelionato já tem um belo netinho (conforme as fotos em cima da mesa de trabalho) que vive na Espanha. E ele já aposta em qual time o garoto deve jogar quando crescer: no Barça ou no Inter... 
De repente daqui alguns anos é ele quem eu vá entrevistar...




terça-feira, 21 de junho de 2011

O direito é conservador

"Na escola, ao fazer algo errado, vamos direto para a direção, somos punidos. Na vida adulta também, se cometemos uma infração, temos que pagar a pena por isso. Neste caminho, crescemos não muito preparados para o diálogo", afirma Conrado Paulino, advogado especializado em direito de família. Neste contexto, mesmo ganhando força e visibilidade, a mediação ainda é contestada no campo do poder judiciário.

Mediação tem por objetivo mediar conflitos, solucionar problemas simples de maneira mais rápida e menos dolorosa, sem recorrer aos juizados especiais. Mas mediar resulta em divisão de poderes através do diálogo, o que também significa retirar poder da Instituição Justiça.




Esse foi parte do papo de bastidores que tive com o jovem advogado. Ele trabalha com mediação de conflitos e direitos dos casais homoafetivos. "É o Direito do futuro", argumenta o coord. executivo da OSCIP "Desatando nós e criando laços", de São Leopoldo/RS. A entidade, por sinal, formará em breve 15 pessoas escolhidas pela inserção na comunidade, a fim de atuar na mediação de conflitos entre vizinhos. O projeto foi implantado pelo governo federal e os agentes contam com bolsa de R$190 por mês. Ou seja, a política do diálogo cresce e as pessoas envolvidas têm a oportunidade de resolver de forma simples problemas que são simples.


Neste panorama, ele chamou a atenção para o número e os efeitos:
Em todo o Brasil, são 90 milhões de processos tramitando em todas as áreas (dados do último levantamento da CNJ, de 2010) e o RS é o Estado mais litigante, o que significa duas coisas: o gaúcho tem tradição em buscar seus direitos, o que é bom, por outro lado, significa a incapacidade para o diálogo. Estes dados consagram o Brasil como o país que mais recebe ações por habitante. É como se a cada dois brasileiros, um deles tivesse demanda na Justiça.

Pode até parecer engraçado, mas este post surgiu de uma entrevista voltada para uma video-aula de negócios imobiliários. A pauta é o mandato judicial. Mas explico: não fugi do tema, apenas ampliei a conversa quando o cinegrafista Jefferson Nunes desligou a câmera! 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A cultura do RH

Ouvi algo engraçado em uma das aulas de História da Comunicação do meu pós. A professora Louise comentou que na moita dos jornalistas e advogados, agora a disputa para entrar é acirrada com mais um profissional: o psicólogo. Ou seja, dá um chute numa moitinha e saem inúmeros. Pode parecer engraçado, mas para as três áreas não é muito não.
Assim, se diferenciar no mercado é fundamental. Uma das tendências é apostar no MKT pessoal. Mais que isso, apostar em pessoas. E cada vez mais conheço psicólogos especializados na área de RH. Antenados ao mercado a um bom tempo, já perceberam que é fundamental levar a cultura da valorização do profissional para dentro das organizações.


Entrevista com Sílvia Schneider na Ulbra Canoas/ Jeferson Nunes
Os resultados geralmente são garantidos: quem se sente valorizado e identificado com a empresa onde trabalha, vai produzir mais e pensar muitas vezes antes de trocar de trabalho.
E conversando com a psicóloga Sílvia Schneider, especializada em recursos humanos e palestrante da UniRHbr, que é responsável por diversos cursos para gestores da área, só confirmei o que já vinha lendo a respeito.

“Mais do que nunca o RH é valorizado. Os gestores entendem que se não mantiverem seus talentos, perdem tempo e dinheiro. Um funcionário leva um certo tempo para internalizar a cultura da empresa e hoje ninguém quer gastar este tempo”, justificando a importância da estruturação do departamento de RH que não pode apenas ser responsável pela folha, admissões e demissões.

A cultura do RH: exemplo bem sucedido

Sílvia Schneider utiliza um exemplo de uma indústria de alimentos do interior do Estado – não consegui arrancar dela o nome da empresa (viva a ética profissional!), apesar de eu ter um palpite... – na qual ela prestou consultoria. A empresa só tinha o básico do departamento de RH. Com um trabalho de aproximadamente três anos, foi instalada uma política de recrutamento interno e a conseqüente identificação de potenciais e a implantação de treinamento de lideranças. Além de pesquisa de clima, ações de endomarketing, incentivos e PPR (Programa de participação de resultados). Legal, é que funcionários, gestores e acionistas ganham, o que geralmente pode refletir lá na prateleira para o consumidor.

Claro, que não é tão simples quanto parece: “Difícil é mudar a cultura de uma empresa com mais de 40 anos de mercado e cultura corporativa cristalizada. É preciso mostrar que não estamos trabalhando com custo, mas com investimento”. Parece que a Sílvia conseguiu. 

 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A estratégia

Não é novidade que cada instituição tem um planejamento de marketing adequado aos objetivos e aos recursos destinados para tal.

Conversei com gerente de marketing do Moinhos Shopping e lembrei de uma conversa que tive com o jornalista Paulo Rocha, da Band News. Há ou não uma tendência das empresas terem chefes cada vez mais jovens ou esse "fenômeno", tão atribuído à geração Y, sempre existiu?
Essa pode ser uma longa discussão, no bom sentido, claro. Enfim, o Leonardo Moretti tem 30 anos e assumiu a gerência em fevereiro deste ano. Claro, que ele não chegou ao cargo sem ter experiência dentro do próprio shopping e em outras agências de PP. 
Ou seja, a idade não é fator limitante ou requisito para assumir uma importante função, mas a competência e experiência mínima...



Gostaria, mas não consegui descobrir o quanto é investido em mkt no Moinhos Shopping, apenas sei que seguramente passa (e bastante) da casa do milhão. Mas o gerente da área, o Leonardo Moretti, me explicou algo curioso para quem não é do ramo. Muitas vezes, os shoppings menores, mesmo que voltados para o público A-B, têm menos recursos para investir em propaganda e promoção. E por quê?

A conta é simples: a verba de mkt é a soma do fundo fixo de promoção (que todos os lojistas pagam) + o aporte do empreendedor + verba extra (merchandising e patrocínio, que são muito variáveis). Então, quem será que tem mais recursos para publicidade, o Moinhos, com 120 lojas ou o Shopping Total, com 400 unidades comerciais?


****
Quanto ao planejamento de MKT, resumidamente é feito anualmente e aspectos como novos concorrentes, satisfação, mix de lojas, comunicação e "equipamento" são analisados. Entenda-se equipamento como o produto, ou seja, o shopping como um todo desde o estacionamento ao serviço de limpeza.
Ah, e promoções interessantes são bem planejadas, é claro. Nada como concorrer a um carro  (importado, com um belo design) numa época de compra de presentes. Para os consumidores de alto padrão, um deleite.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O professor e o senso crítico

O educador tem um papel ativo na formação da consciência crítica, certo? Já comentei rapidamente sobre isso no outro blog.


O processo crítico começa na consciência do aprendizado. Por isso, algumas perguntas devem passar pela cabeça dos atuais e futuros mestres. Por exemplo, como o aluno tem espaço ativo no processo de aprendizagem? Como avaliar criticamente o processo? Como interagir numa época em que todos podem agir, graças à internet e redes sociais?



É por isso que o geógrafo e professor Fábio Guadagnin do Colégio La Salle Dores, Porto Alegre, costuma cobrar uma postura crítica dos alunos em três aspectos: mídia, consumo e participação política. "O ideal é começar cedo, não é necessário chegar ao Ensino Médio para ser crítico. O professor pode estimular bem antes", considera.



Perguntei para ele se percebe a mudança de comportamento e da forma de encarar a realidade (é importante ressaltar o ambiente, uma escola particular) e Guadagnin acha que o segundo ano é o de "passagem". Nesse estágio, os alunos começam a participar do processo político (através do direito de votar) e fazer escolhas em relação ao consumo. A adolescência, a moda e a música andam lado a lado e, como professor, ele procura mostrar que os alunos podem consumir de outra forma.
A questão é, dar alternativas, não impor. Imposição definitivamente não funciona com adolescentes(!).


****
E o quanto da crença do professor é levada para a sala de aula? Já questionei alguns a respeito e a resposta foi unânime: todos os valores vão para a sala de aula. E a retórica é utilizada o tempo inteiro para convencer. 


Conversei com o professor, que é formado pela UFRGS, para uma aula do curso de Ciências Sociais. Imagens do Drigo Tavares.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Projeto e comunicação

Grande parte dos empresários já entenderam que sem comunicação eficiente, não adianta planejar um grande negócio.
Entrevistei o jornalista Ilgo Wink, ex-Correio do Povo, que hoje se aventura na W/Com, assessoria fundada por ele, e em outros empreendimentos como a 1983. Bom, qualquer cervejeiro gremista já entendeu do que se trata, né?

Voltando ao tema da aula, a implantação de um negócio próprio depende de vontade e know how. O Ilgo é um exemplo. Conta com anos de jornalismo e uma bagagem de muito contatos. Juntou a experiência com o desejo de empreender, mas alerta para o que vive no dia-a-dia de assessoria de imprensa. Segundo ele, o fundamental é saber quais são as necessidades e os objetivos do cliente. "Algumas vezes o auxílio é complicado e o cliente tem uma expectativa maior de retorno em relação ao que você tem para oferecer", diz Wink.

Por isso, honestidade é fator decisivo e requer inclusive coragem de eventualmente se negar a aceitar um trabalho quando "não se tem pernas para isso". Do que adianta prometer e não cumprir prazos? Esse é um erro comum entre os iniciantes e iniciados também.

E uma lição bem legal do jornalista/empreendedor: reuniões rápidas. Se você não tem tempo a perder, muito menos tem seu cliente!
Ou seja, objetividade e foco sempre!
*****

Ah, não poderia deixar o leitor na dúvida, não é?

Arquivo pessoal, disponível no blog 

A cerveja foi lançada exclusivamente via internet, sem publicidade paga. É a aposta de Ilgo, que acredita que atualmente é possível produzir e comercializar de maneira segmentada como podemos observar.

Concorrência desleal?

Concorrência imperfeita remete à concorrência desleal... monopólio, oligopólio, cartel, truste...


O economista falou sobre os diversos tipos de concorrência  


Falei com o economista Eduardo Lamas sobre alguns tipos de concorrência para uma aula do curso de Gestão Financeira. Ele afirma que entre os oligopólios clássicos estão a indústria dos eletroeletrônicos e a automobilística (bom, mercado que pode mudar com a chegada das montadoras chinesas, mas ainda deve levar tempo para superar as grandes que operam no mercado internacional. Ainda falta confiança nestas emergentes...)
Mas há casos em que a concorrência imperfeita pode ser benéfica? Sim, há. Segundo Lamas, no mundo inteiro, os serviços de abastecimento, por exemplo, são fornecidos pelo Estado. Os exemplos mais clássicos são o fornecimento de água e energia, caracterizados como monopólios naturais. Lamas considera que a indústria oligopolista é benéfica por trabalhar com economias de escala, que é sinônimo de eficiência em relação a empresas muito pequenas, o que beneficia o consumidor.
Mas vale lembrar que no mercado onde predominam empresas maiores ou multinacionais e consequentemente, possuem um cenário de menor competitividade pode resultar em maior liberdade das empresas para restringir a oferta de produtos e cobrar preços mais elevados, em detrimento do consumidor.
Ele falou também dos cartéis, que eventualmente vem à tona na imprensa brasileira, como é o caso dos postos de gasolina... Cartel é uma prática condenada e o consumidor tem cada vez mais voz para levantar contra. O que não exime a ANP de fiscalizar...

domingo, 5 de junho de 2011

O plano do negócio


Sempre há surpresas em um roteiro ou em um curso.
Porque uma professora de RH sugeriu na aula a importância de consultar o Sebrae, que presta serviços para micro e pequenos negócios?
Preciso admitir que adorei a ideia, pois admiro o trabalho da instituição e conheço empresários que cresceram ao utilizar o atendimento e realizar cursos promovidos pela empresa. Segundo, é importante devido à pós-graduação que faço atualmente, que tem por objetivo me inspirar para o empreendedorismo, para pensar a comunicação como processo.
Bom, retornando ao assunto da aula, o objetivo era falar sobre empreendedorismo. Partimos do conceito de que podemos empreender
em qualquer momento da vida, não somente quando se tem o espírito para transformar uma ideia em negócio. Ou seja, na busca por um trabalho, por exemplo, há a característica empreendedora.
Fui conversar com o novo superintendente do Sebrae/RS, Léo Hainzenreder. Em primeiro lugar, esbanja simpatia.
Segundo, domina o assunto, conhece a instituição. Importante, não é?
Bom, além de colocar na entrevista o trivial, ou seja, explicar o que faz a empresa através da consultoria e cursos aos iniciantes no mundo dos negócios (e para os que já estão a tempos no mercado), ele falou do Plano de Negócios.
Não sabe o que é?
Resumidamente, é saber o que vai o ser o seu empreendimento.O Plano de Negócios tem não só a missão, os valores e os fornecedores do empreendimento, mas deve possuir o posicionamento da empresa, os pontos fracos, concorrentes, entre outros pontos como comunicação, relacionamento, financeiro.
Entrevista com Léo Hainzenreder na sede do Sebrae em Porto Alegre

Parece óbvio?
Mas não é. Muitas pessoas ainda pensam que sem muito planejamento é possível se manter no mercado.
Mas estatísticas do Sebrae/RS provam o contrário: em torno de 21,5% dos micro e pequenos negócios não sobrevivem ao primeiro ano de existência. Por outro lado, quem abre um negócio tem em mente independência, mas algumas vezes se depara com uma realidade bem complicada, de responsabilidade muito, muito maior.
Afinal, abrir uma empresa implica em obrigações que envolvem pessoas, fornecedores, clientes e sociedade. Pois, não esqueça, o negócio não é para você, mas para muitos outros envolvidos.

sábado, 4 de junho de 2011

Reengenharia

hãn?
O que é reengenharia?




Definir reengenharia não foi difícil, complicado mesmo foi conseguir a fonte para falar sobre isso. Reengenharia, como o próprio nome faz alusão, é um "redesenhar" na empresa. Mas falar sobre, poderia não ser tão fácil, correto?


O termo não é muito bem visto. Quando surgiu, na década de 80, significou demissão. Ou seja, reestruturação dos quadros. O administrador, professor e consultor Igor Roberto Borges, exemplificou de uma maneira bem simples. Algum tempo atrás existia uma pessoa para conferir notas fiscais quando emitidas. Agora, esta pessoa não é mais necessária, pois na tela do pc, o emissor já confere. E pronto.


Ou seja, tem sim relação com demissões, com extinção de cargos. Mas tem o lado positivo de rever práticas atrasadas dentro da organização.

O início!


Criei este blog para "falar" um pouquinho da rotina como jornalista que trabalha com Educação à Distância. Como jornalista do Núcleo de Projeto Educacionais da Ulbra TV, agora em Canoas/RS, sou apresentadora das videoaulas e faço parte da equipe de externa. A melhor parte é justamente conversar com profissionais diferentes todos os dias. 
Porque converso e não apenas entrevisto? Porque tento buscar um pouquinho além da pauta e este espaço é para discutir sobre assuntos  que vão da administração, educação à teologia.
Com oito cursos de graduação, alguns de extensão e pós-graduação, prometo que os temas vão ser bastante diversos por aqui. Tomara que este blog sirva para conhecimento, mas também para entender a importância e o funcionamento do EAD da Ulbra e, sem muita pretensão, acredito que pode ser uma fonte para direcionar eventuais pesquisas.
Let's go!
Lembro que as videoaulas são transmitidas no canal da Ulbra TV das 7h-8h, de segunda à sábado!